terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Última aula de Histotécnica Vegetal


A disciplina de Histotécnica Vegetal, ministrada pela professora Márcia Bundchen, foi onde a turma teve uma maior autonomia dentro do laboratório, qualidade essencial para o nosso curso que é totalmente voltado a laboratórios. Essa liberdade nos permitiu uma maior confiança, não apenas na professora mas em nós mesmos. Nos fez capazes de enxergar o certo e o errado, diferentes formas de se aplicar alguma técnica, diferentes pontos de vista, afinal, mais do que nunca, aprendemos a trabalhar em grupo. Trabalhos em grupo sempre dão uma pequena dor de cabeça, mas nesse caso em especial, a turma inteira era um só grupo durante o semestre, e isso nos deixou mais a vontade pra trabalhar com todos, e aprender a lidar com as particularidades de cada um, pois cada um é bom em alguma coisa e ruim noutra, e a troca de conhecimentos tornou-se fácil, uma vez que já estávamos a vontade uns com os outros.

Além de aprendermos a trabalhar em grupo e confiar em nós mesmos, aprendemos muito sobre o universo das plantas. Eu me surpreendi quando esta cadeira se tornou uma das minhas favoritas. Sempre gostei de plantas, mas nunca gostei de “cuidar” de plantas. Então no início do semestre achei que não gostaria tanto assim. Mas o fato de estudarmos as células, as estruturas, o que faz cada planta ser única acabou se tornando uma de minhas cadeiras favoritas. De todas as técnicas que colocamos em prática durante o semestre a minha favorita é a preparação de lâminas e microtomia, embora precise aprimorar a “pescagem” do material depois do corte (desculpa sora, não tenho mãos de fada heheheh).
Mas a preparação de lâminas e depois visualiza-las no microscópio é uma coisa que vou levar sempre comigo, fiquei encantada na primeira vez que vi a lâmina que eu fiz, e esse encantamento permaneceu a cada lâmina criada. As primeiras podem não ter ficado tão boas, mas o fato de tu produzir uma coisa e ver resultado daquilo dá um pequeno orgulho de um trabalho bem feito.
Se eu tivesse que me dar uma nota, seria 8, por que embora tenha aprendido muito, preciso aprimorar muita coisa, uma delas a microtomia.
Gostaria de agradecer do fundo do coração a professora Márcia, que teve toda a paciência do mundo pra nos ajudar, dando a liberdade que precisávamos mas ao mesmo tempo sempre presente pra tirar nossas dúvidas e melhorarmos nossas técnicas. E agradeço a minha turma, que deu o suporte necessário, estando sempre dispostos a ajudar os colegas. A nossa turma é fenomenal! Boas férias a todos :)

Fig. 1 - Turma fenomenal da Bio II.
Fonte: Arquivo pessoal

Técnicas e Práticas - Diafanização

A diafanização ou clarificação é um processo químico frequentemente utilizado para órgãos laminares como folhas inteiras ou suas partes, com o objetivo principal de estudar o padrã de nervação, a epiderme e as diferenciações das folhas(1).

Para a diafanização foi preparada uma solução de 1:1 de peróxido de hidrogênio e ácido acético. Esta solução, juntamente com as folhas foram para a estufa a 60ºC. Para a dissociação da epiderme foliar utilizou-se a mesma solução. O resultado segue na imagem abaixo.

Fig. 1 - Resultado da diafanização
Fonte: Arquivo pessoal



Após a diafanização, foi feita a coloração do material com safranina e feita a montagem das lâminas. O resultado pode ser visto nas imagens abaixo.


Fig. 3 - Material corado com safranina.
Fonte: Arquivo pessoal

Fig. 4 - Material corado com safranina.
Fonte: Arquivo pessoal












































Finalizado esse processo, foi feito o corte dos blocos preparados na aula anterior, da folha brinco de princesa. Os cortes foram feitos no micrótomo, corados com azul de toluidina e foram montadas lâminas permanentes com entellan. Essas lâminas fazem parte do laminário da Histologia Vegetal do curso de Biotecnologia. Os resultados, visto a microscopia óptica, podem ser vistos nas imagens a baixo.


Fig. 5 - Brinco de Princesa corada com azul de toluidina.
Fonte: Arquivo pessoal

Fig. 6 - Gramínea corada com azul de toluidina.
Fonte: Arquivo pessoal














































Referências:
1. SOUZA, Luiz Antonio de et al. Morfologia & Anatomia Vegetal - Técnicas e Práticas; Parte I, pág 48; 2005.