Os cortes podem ser obtidos à mão livre, com o auxílio de lâmina de barbear, ou com o material incluído em meios sintéticos e seccionado em micrótomo rotativo. O glicolmetacrilato é uma alternativa ao emblocamento em parafina. Seu uso se justifica pela praticidade e rapidez do procedimento, a pequena quantidade de reagentes que consome, baixa toxicidade do produto em comparação com outros e, consequentemente, pela menor exposição de quem o manipula.
O glicolmetacrilato também favorece uma excelente qualidade no resultado final. As lâminas produzidas com amostras incluídas em glicolmetacrilato utilizam meios de montagem sintéticos, como por exemplo Entellan, e são chamadas de lâminas permanentes, pois se preservam indefinidademente(1).
Os cortes histológicos feitos à mão livre são de excelente qualidade para se estudar a epiderme, parênquima, colênquima, esclerênquima, tecidos secretores e meristemas secundários como o câmbio vascular. Para tecidos mais delicados, como meristemas primários, ou muito rígidos como a madeira, necessitam de outras técnicas para a obtenção de cortes histológicos de qualidade.
Estes cortes devem ser delgados o suficiente para que a luz do micoroscópio óptico consiga atravessá-los(1).
Nas folhas em que o formato é plano são utilizados cortes paradérmicos e cortes transversais. Para caules, cujo formato é cilíndrico, são utilizados os planos de corte transversal, longitudinal radial e longitudinal tangencial(1).
Para órgãos mais delgados e tenros, é necessário o uso de suportes feitos com isopor, por exemplo(1).
Fig. 2 - corte adaxial adaxial da folha de Costus spicatus conhecida popularmente como Cana de macaco. Fonte: Blog "EDP - III", por Jacqueline Manzan(3) |
Fig. 2 - corte adaxial abaxial da folha de Costus spicatus conhecida popularmente como Cana de macaco. Fonte: Blog "EDP - III", por Jacqueline Manzan(3) |
Fig. 3 - Corte da folha Brinco de Princesa, feito em aula prática de histotécnica vegetal, demonstrado por minha colega Nanda Couto.
Fonte: Blog "O Fenomenal Mundo Vegetal" - Nanda Couto(4).
Referências:
1. BRUNO, Alessandra Nejar et al. Biotecnologia I (IFRS) - Princípios e Métodos. Histologia Vegetal - cáp. 8, pág 206 - 208; 2014.
2. SOUZA, Luiz Antonio de et al. Morfologia & Anatomia Vegetal - Técnicas e Práticas; Parte I, pág 19 a 20; 2005.
3. Blog EDP - III, por Jacqueline Manzan. Disponível em https://edptres.blogspot.com/2011/05/os-tipos-de-corte-mao-livre.html
3. Blog EDP - III, por Jacqueline Manzan. Disponível em https://edptres.blogspot.com/2011/05/os-tipos-de-corte-mao-livre.html
4. Blog O Fenomenal Mundo Vegetal, por Nanda Couto. Disponível em: https://histotecnica-vegetal.webnode.com/
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